quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Faz parte da vida, e da morte.

Melancolia: estado mórbido caracterizado pelo abatimento mental e físico que pode ser manifestação de vários problemas psiquiátricos, tendendo hoje a ser considerado mais como uma das fases da psicose maníaco-depressiva; estado afetivo caracterizado por profunda tristeza e desencanto geral; depressão.
(Houaiss).

A trilha sonora vem em forma perfeita: Frèdèric Chopin, Prelude Op 28 # 15 'Raindrop' In D Sharp Major, ou Prelude Op 28 # 4, ou ainda o Prelude #4 in E minor, Op. 28 #4. Os prelúdios de Chopin, maior gênio da música clássica no piano em se tratando de melancolia, são verdadeiras obras de artes.

Ao contrário do que muitos podem pensar, a melancolia pode fazer bem. Pode significar uma ruptura com a maldita rotina diária, uma quebra da linearidade da vida contemporânea mórbida e pesada que cerca e prende todos, cada um em sua própria linha ou bolha, cada vez mais parecidas umas com as outras dados os êxitos dos formadores de idéias e comportamentos em tempos passados e atuais, mais fortemente os atuais.

Por "força maior", pensar no que está acontecendo consigo próprio é bom, e isso a melancolia permite e incentiva. A reflexão é sempre bem-vinda, ou deveria sempre ser. A solidão parece acompanhar, ou quem sabe até originar a melancolia. Difícil criar uma regra, pois como todo humano único, os acontecimentos com cada um são únicos. As experiências podem ser muito parecidas, os meios podem ser os mesmos, mas as sensações são pertinentes a cada um e são verdadeiramente únicas. Não se chuta a bola de uma mesma maneira, nunca. Não se sente dor do mesmo jeito que se sentiu antes, mesmo que seja no mesmo lugar. Não se ama sempre do mesmo jeito, mesmo que seja a mesma pessoa. A mesmice não parece ser característica saudável da vida, mas parece ser característica de parte do texto, mesmo se "mesmo" e "mesma", mesmo não sendo os mesmos, se repitam por várias vezes. Cada olhar é único, cada gesto é um gesto, cada palavra é uma palavra, mesmo que sejam todos estes repetidos, jamais serão os mesmos. O tempo não pára, os momentos se seguem e até em letra de música isso se verifica, "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia".

O que fazer então quando algo que deveria ser congelado e permanecer para todo o sempre de determinada maneira – tamanha felicidade e êxtase naquele momento – se perde, ficando apenas no passado e na memória até que o tempo se encarregue de apagar ou deixar cada vez mais distante aquela sensação? Ou ao contrário, escravizar a mente àquele momento tamanho o apego àquilo que foi tão bom. A melancolia parece ser acompanhada por certa nostalgia também.

Ainda bem que o tempo não pára. Ainda bem que tudo pode ser diferente. Ainda bem que tudo pode ser parecido e não igual, pois fica a esperança, ao menos, de que algo melhor possa surgir e que tempos mais felizes possam se realizar.

Enquanto isso; a melancolia, um pouco de solidão e um pouco de nostalgia, embaladas ao som de Chopin, o mestre.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A informação e suas formas

QUANDO SE TEM DOUTORADO
O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da rensagem do caule da
gramínea Saccharus officinarum Linneu, 1758, isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial quivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifera, Linneu, 1758. No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena capacidade de deformação que lhe é peculiar.

QUANDO SE TEM MESTRADO
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-

se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.

QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO
O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO
Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.

QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL
Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.

QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO
Rapadura é doce, mas não é mole não!!!

(Texto recebido por e-mail de um amigo e de autoria desconhecida.)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

De forma saudável em duas rodas

Então depois de algum tempo sem quase nenhum além daquele para o trabalho, redescobri a minha "magrela" e voltei a pedalar. E apenas depois de alguns metros da porta de casa tive a migração do meu subconsciente para o consciente – de forma repentina e prática – do que estava esquecido em algum canto da mente, mas que já era sabido: a falta de respeito, consideração, atenção e até compreensão àquele em duas rodas movidas nada mais nada menos que por energia limpa e sem danos de um ser humano.

Em uma cidade em que cada vez mais as vias "ficam menores" e insuficientes para veículos a motor – sem falar da tamanha perda de tempo parado ou em lentidão no trânsito – a bicicleta pouco a pouco vem ganhando adeptos como meio de transporte e locomoção, e não mais apenas como objeto de lazer ou para a prática de exercícios. Pois é, além de ser uma boa opção para o transporte em pequenos e médios trajetos – a distância a percorrer depende do preparo físico de cada um – o uso da bicicleta só traz benefícios ao usuário, mas ao mesmo tempo, pelas ruas de São Paulo, o exercício de ciclista é tão perigoso, ou mais, do que os chamados esportes de risco, como o bungee jump, vôo-livre, paraquedismo, entre outros. Não há espaços suficientes adequados, tipo ciclovia, asfalto de qualidade que ajude no equilíbrio e manutenção da direção segura, sequer guias regulares que pudessem ser usadas como "pista". Calçada, bom... se em certos bairros já está difícil andar a pé, tamanha a quantidade de pessoas pelas calçadas, imagine com uma bicicleta!

Mas pior do que toda essa falta de infra-estrutura para o exercício do uso da bicicleta é a falta de respeito dos que estão em seus automóveis-tanques. Muito é devido ao crescente despreparo dos novos motoristas, formados por auto-escolas mais interessadas nos pagamentos e taxas do que na correta formação do condutor. Depois vem o exame para a obtenção do documento de habilitação. Documento este muitas vezes obtido pelo simples pagamento de "taxa", permitindo que muitos sejam habilitados a conduzir um automóvel no difícil e caótico trânsito de Sampa, mesmo que não apresentem as condições mínimas para tal. Quem não conhece uma história dessas para contar?!!! Calcular espaços, distâncias e velocidades é coisa para a física e vestibular só, não é?!!! O pior é que além da falta de capacidades técnicas para o convívio no trânsito parece imperar mesmo a falta de respeito e consideração dos veículos-condutores aos ciclistas.

É, companheiro ou companheira de "magrela". Muito cuidado! E este ainda é pouco. Mas se ainda tem coragem, não desista. Eu não vou, por enquanto.

Cabe bem um "boa sorte".

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Saudade

A palavra "saudade" pertence à língua portuguesa e em outras línguas não há uma tradução ou equivalência certeira, principalmente no que diz respeito ao significado em relação ao significante. Mas deixando um pouco de lado a lingüística, é mais ou menos como o frio e inverno aqui no Brasil em relação aos de outros países. Excluido um pouco as serras e a região Sul do País, no restante do Brasil não temos um inverno ou frio para curtir, ainda mais em tempo em que o aquecimento global só faz aumentar, inclusive a temperatura média.

É verdade que parece que a maioria das pessoas não gosta de um friozinho, prefere mesmo o calorão e pouca roupa, cerveja geladinha, carnaval, coisas do Brasil mesmo. E como isso é bom, com certas ressalvas ao Carnaval. Mas principalmente para quem morou em terras mais frias pela Europa e teve que se adaptar ao clima mais frio, um friozinho dá muita saudade. E logo quando surge a notícia de uma frente fria e que a temperatura irá cair, um sorriso se faz, e quando a frente fria se instala de fato, a curtição dos aspectos deste friozinho, mesmo que passageiro, se realiza no vestuário, na alimentação, no beberico de uma taça de vinho aqui, outra ali, de uma boa leitura por debaixo de um edredom etc. Já imaginou que legal ver a Av. Paulista recebendo flocos de neve? Seria muito bonito.

Ahhh... que saudades de um friozinho. Bem que poderia durar mais um pouquinho, não é?!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Pior que é possível e é real

Não é possível que possamos viver respirando o ar "regular" que estamos respirando aqui na cidade de São Paulo. Regular porque é o que diz aqueles medidores espalhados por algumas poucas ruas da cidade e pelos boletins da própria CETESB. Mas quando se está em alguma parte alta da cidade, como a avenida Heitor Penteado – principalmente nestes dias de inverno em que o ar fica predominantemente mais seco – pode-se ver a espessa camada de poluição no ar, o mesmo que respiramos. Um dia desses mesmo estava passando por aquela avenida e quando percebi tal camada de poluição no ar a primeira coisa que me veio à cabeça foi a Cidade do México dos anos 80, que enfrentou sérios problemas com a qualidade do ar em sua atmosfera.

Infelizmente não possuímos como sociedade e indivíduos a ação de cobrar, fiscalizar e resolver – ou ao menos diminuir – a emissão de poluentes ao ar que respiramos. Esse comportamento individualista e dependente de automóvel – que de fato é o que mais polui o ar da cidade – aliado à má conservação ou até ausência de catalizador e péssima regulamentação do Estado em relação ao mínimo de partículas que podem ser emitidas à atmosfera – e vale lembrar que atualmente a UE está baixando este índice nas suas regulamentações, mostrando a preocupação com o assunto e certo respeito para com seus cidadãos-habitantes, que a cada dia têm que disputar espaços com a "macchina" – resulta na situação grave em que nos encontramos todos; sim, todos que vivemos na cidade de São Paulo.

Já que o Estado obedece a interesses econômicos-privados da indústria automobilística, que cada um que tem um automóvel, seja de que ano for, busque estar em permanente atenção ao que é expelido pelo seu próprio escapamento, já que a fiscalização é quase nula, os combustíveis que consumimos são de qualidade questionável e porque a cada dia só aumenta o número de automóveis nas ruas da cidade. Automóveis estes que enquanto novos seguem as regulamentações de fábrica quanto à emissão de poluentes, regulamentações pouco rigorosas, diga-se de passagem, mas quando já com certo tempo – dada principalmente à má qualidade da gasolina utilizada – poluem tanto quanto os carros mais antigos.

É tempo de agir, cobrar e fazer ao menos a própria parte. Ou esperemos pelo tempo em que deveremos circular pela cidade, quiçá até dentro de casa, com máscaras coladas ao próprio rosto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cada macaco no seu galho

É. Já diz muito o título. Em tempos em que as especialidades são cada vez mais exijidas, mais se faz verdadeira a idéia do cada um na sua. Mas qual é a de cada um? Se partirmos de um certo ponto mais voltado ao campo profissional, pode ser um pouco menos difícil achar o espaço, ou seja, o galho. Mas se partirmos de uma origem um pouco mais humana, a coisa complica de vez.

Se na passagem do tempo somos regidos pela idéia do novo, ou melhor, do atual – pois está cada vez mais complicado designar o novo de novo – que quase sempre vem para negar o anterior que é substituído – como um ciclo pré-definido que aparentemente muda, mas não muda, apenas toma e retoma – a questão da especificação está cada vez mais em alta, ao contrário de tempos anteriores, em que quanto mais conhecimentos universais pudessem ser adquiridos melhor seria o conjunto de competências de cada um. Hoje, porém, é melhor saber ao máximo possível realizar determinada função, ação, ou seja, ter conhecimento quase que total do seu galho. Parece cada vez mais não importar ter conhecimento, ao menos, mínimo da árvore como um todo, nem de onde ela está, de onde veio e qual será seu fim, pois tudo tem origem, desenvolvimento, finalidade e fim.

Não que devamos saber tudo muito bem, mas na vida não somos como máquinas, programadas para realizar apenas sua função específica até que esta canse e seja substituída por outra, talvez mais rápida, mais eficiente e mais barata. Para o desenvolvimento profissional de cada um isso pode ser obrigatoriedade, escolha ou/e até necessidade. Mas a vida não é feita apenas de acordar, trabalhar, se alimentar e dormir. Humanos devem viver, realcionar coisas diversas, interagir, trocar experiências, entender e se desentender, errar, aprender e, se possível, errar de novo, mas que sejam outros erros que não os mesmos de sempre.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mudanças obrigadas

Depois de passar o fim de semana inteiro tentando resolver um poblema para conseguir acessar o antigo blog e postar novos textos, desisti e fiz um novo, meio que nos moldes do antigo (que durou apenas 3 dias) para continuar tentando a cada dia a inserção no mundo digital, que facilita em muitos aspectos, mas que também nos toma um certo tempo que pode ou não ser perdido a qualquer momento, já que tudo pode ser corrompido por um vírus ou hacker, e todo um trabalho pode se perder definitivamente, principalemte se não houver backup.

Este novo tem uma pequena alteração no seu título e endereço, agora se chama "Pensamentos, linhas e letras" ao contrário do antigo que se chamava "Letras, linhas e pensamentos".
O endereço também mudou, por obrigação, claro;

http://pensamentoslinhaseletras.blogspot.com

Vale lembrar que tranferi as postagens do anterior para este novo, mas perdi os comentários, infelizmente.

Bom, espero que tudo corra bem, se assim o Google permitir, e que consiga daqui em diante entrar, fazer as alterações, postar novos textos etc.

Um abraço a todos.

Helder.

Em agradecimento

Logo de início, uma postagem em agradecimento à Instituição que abriu minha cabeça, retirou uma série de pensamentos e plantou outras milhares de séries deles deve aqui ficar registrada.
O agradecimento é à FFLCH - Faculdade de Filosofia, LETRAS e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Não que Letras esteja em um plano maior ou menor do que os outros cursos como Filosofia, Geografia, História e Ciências Sociais. Está escrita dessa maneira em destaque porque foi o curso de minha opção e formação, e por isso um carinho e agradecimento especiais. Mas não foi apenas através das disciplinas do curso de Letras que minha experiência universitária se deu, e devo dizer que ainda se dá. As verdadeiras amizades feitas com alunos dos outros curso da FFLCH – e por favor não faça a leitura isolada das letras, por se tratar apenas de consoantes, houve a necessidade de vocalizá-las, logo temos "fefelésh" (é, preferi o"sh" ao "ch") – contribuíram e contribuem para a contínua formação como humano, cidadão, pensador, amigo, ouvinte, iiiiiiiiii... se for continuar não vou parar, pois na FFLCH, se você conseguir perceber e permitir, a formação pode ser universal. Não que você saberá tudo, isto é impossível, mas sua visão será mais abrangente, mais universal sim. Nesta unidade da USP, a formação não é apenas para um mercado de trabalho, é para a vida e de como vivê-la.
O fato mesmo é que ainda não citei o que de forma plena possibilitou que amizades fossem construídas. Amizades que hoje fazem parte de mim como minha perna, meu braço, meu coração, ou seja, não consigo sequer me imaginar sem elas. A Associação Atlética Acadêmica Oswald de Andrade, funda em 1984, foi impactante na minha trajetória dentro da Universidade de São Paulo. Desde criança fui incentivado à prática de esporte, nos mais variados deles, desde a primeira bicuda em uma bola, pedra ou quem sabe alguém, passando pelas artes marciais, atletismo, esportes de quadra, mas... o que me despertou mesmo a paixão foi o futebol. Aquele jogado na grama verde, com amplo espaço para correr com ou atrás da bola. De início tive tanto amor para com a bola que logo aos sete anos de idade queria ela só pra mim, logo meu primeiro técnico de futebol percebendo tudo isso me colocou no gol, onde, segundo ele, eu poderia contar só comigo e ter a bola só pra mim, quando da oportunidade dela num chute qualquer vir em minha direção, ou eu ter que ir atrás dela seja lá de que modo for e sem saber ao certo como terminaria a ação de aterrizar no chão e tê-la só para mim, como um pai que segura a própria filha sem se importar com a queda para salvá-la do perigo, proporcionando todo afeto e carinho que só as mãos humanas podem oferecer.
Voltando à atlética, foi através dela que pude fazer as minhas amizades, me dedicar ao esporte universitário, de me desenvolver como humano e tantas outras coisas, enfim, de ter contato com tantas variáveis e ensinamentos.
Então é com muito orgulho que digo obrigado, USP; obrigado, FFLCH; obrigado, Letras; obrigado, atlética Oswald de Andrade; obrigado, amigos. Tudo isso estará comigo no meu coração até que a última batida seja executada, e será levado comigo nas minhas memórias para onde quer que eu vá, mesmo depois de minha morte, pois a matéria ficará e com o tempo desaparecerá, mas as lembranças serão eternas e estarão sempre comigo onde quer que eu esteja.

A opinião ou competição?

Por que todos querem dar suas opiniões em primeiro lugar ao invés de ouvir ao menos uma e outra alheias?
Em todas as esferas e diversas relações sociais, falar vale mais do que ouvir. Quando criança, ouvia dos mais velhos que a gente tem duas orelhas e uma só boca. Agora que virei um deles, entendo o que queriam dizer. O fato é que a vontade, ou necessidade, de expressão é real, não importando o assunto, se tem conhecimento deste, se é interessante, enfim, o que vale mesmo é dar o seu próprio pitaco. E me parece que quando se trata do sexo feminino a coisa piora. Uma mal acaba de falar e outra já quase que num ato de interrupção que ao mesmo tempo é de dar seqüência exercita os músculos da face e a língua na intenção de acabar com a angústia do silêncio próprio.
Mas com os homens a coisa não muda muito. O que parece diferente mesmo é que com os homens a vaidade parece imperar, principalmente nos dias de hoje. As mulheres falam por falar mesmo, já os homens parecem que têm uma certa necessidade de "meter uma mala", de se auto-afirmar, de contar certa vantagem, de poder dizer "ah... isso eu sei, disso eu entendo", numa espécie de competição velada, mascarada, porém cada vez mais cotidiana. Não que as mulheres não compitam, mas em relação ao ato de falar parece que elas o fazem mais por natureza e não por competição.
Será que antes de se expressar você entendeu o que o outro disse ou quis dizer?
Tenho certeza de que muitas vezes sequer entendido, quiçá ouvido, você foi. Faça o teste: depois de terminar de falar, pergunte aos outros o que ouviram e entederam do que foi dito por você. É supreendente.

Post Inaugural!

Por problemas técnicos com o Google, tive de mudar o endereço e o nome do blog, pois não conseguimos resolver o problema de login para postar novos textos e receber novos comentários. Aos que comentaram as primeiras postagens, fica o pedido de desculpas, e fiquem completamente à vontade para comentar os textos do blog, novamente ou futuramente.

Contudo, segue o texto inaugural.

Com muita expectativa este espaço foi criado e ficará à disposição para discussão, revelação, desenvolvimento, crítica, novidades e tudo que for relacionado ao mundo das Letras, Linhas e Pensamentos em textos dos mais diversos gêneros e assuntos.