quinta-feira, 2 de abril de 2009

Manifestações em Londres

Sabendo das manifestações contra o chamado G20 (grupo dos países mais ricos do planeta e alguns chamados emergentes, do qual o Brasil faz parte), pode-se pensar sobre a morte que ocorreu em tais manifestações em Londres. Quem afinal estava lá na manifestação? Ou seja, que tipo de gente estava lá se manifestando contra o G20? A dúvida reflete a situação atual das grandes capitais europeias: muitos imigrantes, que procuravam alguma melhoria de vida, estão perdendo os empregos por causa da tal crise. No caso de Londres, imaginem o genuíno inglês indo à rua para ser contra ou a favor ao G2o! Para o verdadeiro inglês, talvez haja alguma redução em algum orçamento ou luxo depois da instalação da crise, mas para aquele imigrante que perdeu o emprego a situação fica muito ruim. Temos como exemplo a situação de muitos que hojem vivem como pedintes e mendigos, muitos brasileiros por sinal, no Japão. Portanto, mesmo sem estar por lá ou ouvir jornalistas a respeito das manifestações, tenho certeza de que a expressa maioria dos manifestantes era sim de imigrantes ou filhos destes, além daqueles idealistas e mais esclarecidos, ingleses ou não, que enxergam a real situação a que chegamos, situação que não podemos mais sustentar. E sobre isso vide o exemplo da faixa estendida em plena ponte Rio-Niterói: "Clima e Pessoas em primeiro lugar", fazendo menção ao que deve ser discutido na reunião do G20; um protesto contra o aspecto fracionado econômico do mundo dos negócios que preenchem as pautas das discussões deste grupo.

O que fica claro é que como sempre "a corda estoura sempre no lado mais fraco". Não li e nem vou ler sobre a morte do manifestante, embora acredite muito que não foi um "Sir" genuinamente inglês que morreu na manifestação; como também não foi um genuíno inglês que morreu assassinado na estação do metrô em Londres, mas "deixa pra lá", foi apenas mais um imigrante, e brasileiro ainda, que morreu. Mas quando uma menina inglesa desaparece no Algarve, em Portugal, todos se mobilizam e sentem muito, afinal, ela era genuinamente inglesa.

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