Provavelmente, você, caro leitor(a), já deve ter se deparado com esta situação, PRINCIPALMENTE em reuniões em ambiente de trabalho, mas também muito presente no dia a dia.
Imagine então a seguinte situação.
Você está falando sobre alguma coisa, tentando da melhor maneira que julga dizer algo para alguém (seu interlocutor ou alguém que está lhe ouvindo, no caso de haver mais de uma pessoa) e então este alguém mal deixa você terminar a frase ou seu pensamento e mete a própria voz "em cima da sua", numa tentativa de demonstrar (muitas vezes adivinhar) que já sabe o que você vai dizer ou de demonstrar que entende do assunto, numa tentativa de autovalorizar-se perante você ou outro que também está a ouvir.
O ato de interromper repentinamente quem está tentando passar alguma mensagem, ou que está simplesmente falando sobre algo, é de mau gosto, de falta de educação. Também evidencia um comportamento cada vez mais cotidiano de cada vez mais pessoas: o de pouco se dispor a escutar e de muito querer falar.
Sabemos que numa conversa de bar, em roda de amigos, em passeios... muitas vezes há que se interromper quem fala para não se perder o "fio da meada", o "time" da piada ou fazer o comentário certeiro, ou simplesmente para dar continuidade à conversa concordando ou discordando, ou apresentando nova perspectiva ao assunto em questão. O fato é que nessas conversas isso pode ocorrer sem problemas, mas em ambiente mais profissional, ou acadêmico, ou quando não se tem intimidade com o interlocutor, deve-se respeitar quem fala e esperar o término da fala para introduzir a sua. Mesmo que seja para demonstrar seu conhecimento sobre aquilo que está escutando, deixe o outro terminar para iniciar a sua fala.
Portanto, escute mais. Perceba, entenda, espere, não seja mal educado(a), atirado(a), esnobe, ansioso(a) ou inconveniente. Procure respeitar, ao menos, o tempo do outro no que ele tem a dizer.
Todos ganham assim! Principalmente a boa comunicação.
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