quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cada macaco no seu galho

É. Já diz muito o título. Em tempos em que as especialidades são cada vez mais exijidas, mais se faz verdadeira a idéia do cada um na sua. Mas qual é a de cada um? Se partirmos de um certo ponto mais voltado ao campo profissional, pode ser um pouco menos difícil achar o espaço, ou seja, o galho. Mas se partirmos de uma origem um pouco mais humana, a coisa complica de vez.

Se na passagem do tempo somos regidos pela idéia do novo, ou melhor, do atual – pois está cada vez mais complicado designar o novo de novo – que quase sempre vem para negar o anterior que é substituído – como um ciclo pré-definido que aparentemente muda, mas não muda, apenas toma e retoma – a questão da especificação está cada vez mais em alta, ao contrário de tempos anteriores, em que quanto mais conhecimentos universais pudessem ser adquiridos melhor seria o conjunto de competências de cada um. Hoje, porém, é melhor saber ao máximo possível realizar determinada função, ação, ou seja, ter conhecimento quase que total do seu galho. Parece cada vez mais não importar ter conhecimento, ao menos, mínimo da árvore como um todo, nem de onde ela está, de onde veio e qual será seu fim, pois tudo tem origem, desenvolvimento, finalidade e fim.

Não que devamos saber tudo muito bem, mas na vida não somos como máquinas, programadas para realizar apenas sua função específica até que esta canse e seja substituída por outra, talvez mais rápida, mais eficiente e mais barata. Para o desenvolvimento profissional de cada um isso pode ser obrigatoriedade, escolha ou/e até necessidade. Mas a vida não é feita apenas de acordar, trabalhar, se alimentar e dormir. Humanos devem viver, realcionar coisas diversas, interagir, trocar experiências, entender e se desentender, errar, aprender e, se possível, errar de novo, mas que sejam outros erros que não os mesmos de sempre.

Um comentário:

Unknown disse...

Helder legal seu texto.

mas hj em dia as pessoas não querem nem aprender sobre seu galho quiça sobre a àrvore!

ultimamente (20 anos?!) o ser humano (pelo menos o brasileiro) não tem muito interesse me se aprofundar em assunto nenhum. quer pegar seu (pouco) salário, comprar de pinga e sentar na frente da televisão e reclamar da vida!

esta cada vez mais raro alguem pegar um livro, plantar uma àrvore, ajudar alguem....enfim fazer alguma coisa útil, valorosa para ele e para os que o rodeiam!

o mundo esta perdido!
alienado!
fudeu!