quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Reconectado?

Último post em agosto de 2010. Pode-se dizer então uma reconexão, apesar de em todos os dias estar voluntariamente-obrigatoriamente conectado à grande rede, mas não deixando registros aqui em forma de texto mas sim em forma de 0 e 1, o código binário.

Não me lembro de ter lido na forma composta um advérbio: voluntariamente-obrigatoriamente. Fique o registro.
Comumente no texto de dá na forma: voluntaria e obrigatoriamente.

Mas nem era pra pensar nisso agora, que coisa.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Uma poesia

Sensacional! recebi via e-mail, de autoria desconhecida, pena.


Nossos corpos estão tão unidos, que posso sentir as batidas do seu coração.
Nossa respiração confunde-se com a do outro...
Nossos movimentos são sincronizados, Indo e voltando...
Para frente e para trás...

Às vezes pára,
E então, quando nos cansamos da mesma posição,
Nos esforçamos para mudar, mesmo que seja só por pouco tempo.
O suor de nossos corpos começa a fluir sem que nada possamos fazer...

Um calor enorme parece que nos fará desmaiar...
Uma força ainda maior nos faz ficar ainda mais colados um ao outro,
E quando não aguentamos mais segurar...
Uma voz ecoa em nossos ouvidos: Estação Sé, desembarque pelo lado esquerdo do trem!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

São Paulo, vanguarda do Graffiti

Foto: Helder L. Tiso



O Graffiti, como o Hip-Hop, é um movimento urbano bastante disseminado pela cidade de São Paulo, mas com certeza se pesquisarmos a fundo não será exagero ou loucura afirmar que sua origem se deu lá em tempos das cavernas, em que humanos deixavam suas manifestações artísticas também em forma de desenhos nas paredes, mesmo sem terem o conceito – ou conceitos – de arte como temos hoje, conceitos estes bastante amplos, mas ao mesmo tempo com muitas conversões das respostas ao questionamento do que é ou não é arte.

E então hoje pela avenida Henrique Schaumann, sentido Av. Sumaré, me deparei com um graffiti sensacional; uma verdadeira obra de arte que remete à própria cidade de São Paulo, de meados do século passado, uma verdadeira viagem no tempo, em que a cidade de São Paulo se desenvolvia de forma mais respeitosa e harmonizada com ela mesma. Vale a pena parar em frente e deixar os olhos e mente passearem pela São Paulo de meados do século XX.

Confira mais trabalhos e informações desse grande artista paulistano em: http://eduardokobra.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

A zona de conforto

Após um bom período de férias, o retorno aos registros escritos.

Por que a tamanha vontade de permanecer na tal zona de conforto? Aliás, o que seria essa zona de conforto? Vamos lá. Segundo o dicionário Houaiss, temos para conforto: substantivo masculino, ato ou efeito de confortar(-se); 1 estado de quem é ou se sente confortado. Ex.: a oração lhe trouxe c. 2 consolo recebido ou prestado em momento de preocupação, de aflição; consolação. Ex.: agradecemos o c. recebido quando da morte do nosso pai. 3 experiência agradável; sensação de prazer, de plenitude, de bem-estar espiritual. Ex.: o c. de estar em casa ouvindo um quarteto de cordas. 4 bem-estar material, comodidade física satisfeita; aconchego. Ex.: . 5 o que traz ou proporciona conforto. Ex.: os c. da era eletrônica. 6 o que fortalece, revigora. 6.1 Derivação: por metonímia, alimento, comida. 7 remédio que traz alívio. 7.1 Derivação: sentido figurado, qualquer coisa que dá alívio; lenitivo, refrigério, bálsamo.

Isso posto, na forma de uma generalização, temos quatro distinções para conforto: 1. o que permeia o contrário do sofrer psicológico; 2. o que tange à sensação de prazer; 3. aquele que se estabelece de forma material na forma de bens de consumo; 4. o que serve como um tipo de remédio ou cura para aflições preexistente, (ah, esssa nova ortografia...).

Mas há uma outra acepcão que o dicionário ainda não registrou, a qual parece ser a que impera por aí em nossa sociedade: coforto como sinônimo de preguiça, ou medo, ou até estagnação.
Desde que nascemos travamos batalhas, ou melhor, até antes, quando da competição entre tantos outros milhares de espermatozoides, um consegue penetrar o óvulo e dar origem a uma nova vida. Depois ao nascer temos que gritar e procurar desesperadamente pelo combustível primário da vida, o oxigênio, deixando para trás definitivamente o maior ícone de zona de conforto que já se ouviu dizer: o ventre de mãe. Desde então, uma batalha depois da outra se segue no decorrer da vida. Então por que desejar tanto a busca por uma zona de conforto se aquela plena e original nunca mais nos será permitida? Por que tamanha necessidade de se estar na zona de conforto? Será então uma questão genética, pois ela está presente desde nossa origem como ser humano e permanecerá em nosso subconsciente para sempre? Ou uma resposta ao cotidiano violento de tantas tarefas necessárias a se fazer, e cada vez mais em um período de tempo menor; será uma resposta ao cotidiano estressante moderno essa tamanha busca pela zona de conforto?

Seja lá qual for a resposta, há que se lembrar que não estamos por aqui para permanecer na zona de conforto. Não que não tenhamos direito ao bem-estar psicológico, ao prazer, a uma boa cama, sofá ou poltrona, ao remédio e à cura das nossas aflições. Mas por períodos extendidos ou demasiada insistência de permanência ou retorno a ela, a zona de conforto retarda nossa evolução, seja esta psíquica, moral e também física. As batalhas do dia a dia nos dão a oportunidade de crescimento como os exercícios na academia fortalecem nosso corpo. A chave do sucesso: equilibrar as ações com os descansos necessário, usufruir da zona de conforto para a batalha que está por vir.




quinta-feira, 13 de maio de 2010

Paixão como remédio?

Hoje li um texto de um psicólogo que contra depressão receita paixão. Diz ele que a grande maioria das suas clientes estranha e repudia tal receituário, mas quando ele explica que paixão não necessariamente é vinculada à outra, outro humano, tudo começa fazer sentido.

A questão toda está então em não se levar uma vida apenas no "vamos levando". Há a necessidade da paixão, de se fazer qualquer coisa com vontade, com dedicação. Isso é viver, ao contrário do conceito de apenas sobreviver.

Tudo bem, quando podemos aplicar isso às coisas, seja lá no cotidiano, no trabalho, numa tarefa ou hobby, é até relativamente fácil, pois apenas depende de nós mesmos para tal. Mas e quando estamos presos a um sentimento, este preso à outra pessoa? Se há correspondência, tudo ótimo, se não, sofrimento e depressão, desilusão. Nada que o tempo não possa ajudar a resolver, ou então uma outra paixão, mas reconheço que neste estado não muito feliz fica mais difícil alguém se interessar, se sentir atraída, por quem anda cabisbaixo, sofrendo, não ligando muito para a própria aparência. E por que se importar, já que o objetivo seria se fazer notar àquela pessoa por quem há de fato uma paixão? Não faz mais sentido se preocupar com a aparência para ir à padaria, ao trabalho, à escola, etc.

Tal psicólogo se esquece que muitas vezes é na dor que preciosos ensinamentos vêm à tona. Então pular este "tempo" é estar preso à estagnação, à involução, à própria manutenção do sofrer.

Lembro-me do meu pai dizendo: "você tem duas opções, ou aprende pelo amor, ou aprende pela dor". Simples?

Resumindo a ópera, bem poucas vezes podemos escolher o caminho, pois quem escolhe é a vida, o destino. Sim, podemos influenciar e tentar, mas tempo e vida parecem não ser grandezas exatas, pelo menos quando falamos de sentimento.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Contramão

Até que ponto vale a pena manter alguns princípios e manter a crença naquilo em que acreditamos quando quase 100% daquilo tudo que nos cerca vai de encontro ao que pensamos, acreditamos e defendemos?

Em tempos em que se vive em busca incessante de prazer imediato – seja de forma direta ou indireta, psíquica: em que o ego é agraciado e elevado ao orgulho próprio; ou física: em que bebida, droga, sexo, comida, vestuário, entre tantas outras variações, trazem a sensação de bem-estar, ou seja, de prazer, muitas vezes a qualquer preço – quem acredita em outros valores têm muitas dificuldades em lidar com isso tudo, e o confronto parece inevitável, ou o isolamento é solução, quiçá consequência.

Uma sociedade que preza por bem-estar e evolução não pode se agarrar a poucos e simples valores cotidianos, ao que dissemina a televisão, revista e jornal. Há que se refletir, e mesmo que a escolha seja por viver assim, de apenas "pass(e)ar" pelo mundo, sem ao menos refleti-lo, que seja de forma consciente, sabendo que há outras vertentes, outros modos de vida que não o disseminado "american way of life". Não é possível em plenos 2010 existir tantas pessoas que estão no mundo apenas para, com o perdão da sequência chula; nascer, comer, cagar... crescer, procriar, adoecer e morrer, ajudando a apenas diminuir as fontes do planeta, deixando lixo como herança e não contribuir com nada, apenas para com um sistema em que as pessoas acordam, vão como robôs para o trabalho, executam o que há para ser feito, sem ao menos questionar se há uma maneira diferente, quiçá melhor de executar, voltar para casa, ligar a televisão e dormir; aos finais de semana fazer churrascos e ir a festas, beber, se drogar praticar o sexo e continuar assim.

Viver é mais do que isso, não há só que se festejar e sentir prazer, o universo é infinito, a evolução também é, e estamos muito atrasados como raça humana. O indivíduo cada vez mais egocêntrico prolifera, o senso de coletividade cada vez mais esquecido e as universalidades cada vez mais substituídas por valores fracos, falsos, ultrapassados e decadentes.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Desconserto e desconforto

Não era pra ser assim.
A falta de comunicação se confunde com o desprezo.
A incerteza toma conta,
E os pensamentos pairam sobre a escuridão.
Não se sabe se errou, se é por conta do medo, ou por mágoa.

E assim há o afastamento.

Há o sentimento de perda.
E não há sequer como saber o que aconteceu.
Há sempre indícios, mas certeza, não,
Pelo menos até a honestidade e sinceridade serem guia
Para uma clara e objetiva comunicação.

Por que nos comunicamos tão bem
Sobre coisas que não têm lá muita importância
E tão mal quando "coisas" mais nobres,
Como sentimentos, estão envolvidas?

Medo?
Mágoa?
Inabilidade?
Má intensão?
Arrependimento?
O novo em detrimento do velho?
Simples mudança de pensamento?

Há certas atitudes que no mínimo beiram o desrespeito.
Ou então é por pura insegurança,
Mesmo assim não escapa ao desrespeito, à falta de consideração.
Quando duas pessoas cultivam algum tipo de relação,
O respeito é a base para todo o resto.
Pelo menos é assim que deveria ser.

Enquanto a dúvida insiste em prevalecer,
A dor, angústia e os pensamentos ficam à sombra do pessimismo.
Mas o tempo, ah o tempo...
Este se encarrega de se não ao menos esclarecer tudo,
De colocar outras situações que nos fazem substitui-las,
Pois esta é a lei da vida: o novo toma o lugar do velho,
Mas como esse processo inevitável se dá é o que importa,
E podemos traduzi-lo em um verbo simples à língua portuguesa,
Mas tão difícil para o ser humano entender, conjugar e praticar:

Viver.

Preciso que acendam a luz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A descaracterização e banalização do "amarelo"

É, mais um vez o problema está no humano e suas relações sociais, na verdade a cor amarela em si não mudou, o aspecto social é que a deturpa.

Há muito, tenho notado que o "amarelo" já não é o que era antes. Naquele bendito livrinho de "regras", o amarelo é uma advertência séria, é algo a ser levado em conta, a ser respeitado, e que forçosamente muda nossa atitude quando este então se faz presente. Mas no dia a dia, a coisa não é bem assim.

Comece a reparar, quando o amarelo surge no semáfaro, em bom paulistanês farol, a esmagadora maioria, em vez de assumi-lo como um alerta, diminuir a velocidade e parar, faz o contrário, pisa fundo, como se fosse o verde, e aproveita o "resto" de tempo para passar o cruzamento. No trânsito, de fato a ansiedade, a má educação, o individualismo e estresse imperam. Mas não são desculpas para a inversão de valor. Valores? Hoje em dia? Então de um lado há aquele que acelera e do outro o ansioso que acelera também, resultado: crash!

E no futebol então?! O amarelo é uma coisa séria, com consequências imediatas e posteriores ao jogo em que o dito apareceu. É um freio psicológico grande. Muda o jeito de jogar, de se comportar, muitas vezes não só de caráter individual mas também coletivo, já que em um jogo de futebol o individual e o coletivo rivalizam e se completam ao mesmo tempo, ora um com mais importância, ora o outro. Mas ao que assistimos nos dias de hoje no futebol brasileiro, e talvez um pouco mais no paulista, é a descaracterização dessa ação de "amarelar" e de "ser amarelado". Em tempos de mediocrização, confunde-se o amarelo com o aspecto viril, com um possível cálculo errado de velocidade e tempo, com a vontade de vencer, de ter a bola para si, enquanto muitas vezes lances de má intenção, de maldade mesmo, de cotovelos na cara com a desculpa de proteger a bola passam despercebidos pelo "amarelo". Jogador de futebol não é de vidro. Soma-se a isso o despreparo intelectual dos árbitros, dá no que dá. Em lances de aplicação pura da regra, não há o que se discutir. Mas em lance de interpretação, há um leque vasto de opções de caracterização, e para interpretá-lo há a necessidade de alguma experiência, sensibilidade, coerência, certa malandragem, confiança e não somente conhecimento das regras do esporte em si. Há sim falta de preparo intelectual, de bom senso e de sensibilidade por parte de todos, de árbitros então nem se fala!

Parece um pouco com o jeito que o pais tratam as crianças hoje em dia. Sou do tempo, um tempo nem tão distante assim, em que uma advertência da minha mãe ou do meu pai era de fato uma advertência, e ai de mim se passasse do limite, tomaria o "vermelho" com certeza, seja lá de que forma e onde fosse, a"vermelhidão" educava! Hoje não, os pais não impõem tais limites, mas apresentam a advertência, o "amarelo", sem serventia, de forma banalizada e descaracterizada, pois o segundo "amarelo" teima em não aparecer, assim o "vermelho" não surge, e segue o jogo. Muita conversa, pouco "amarelo" de fato e o "vermelho" quase ausente.

Que fase.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ah, os velhos tempos.

Achei bem interessante o texto. Boa leitura.

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite. Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um. – Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre. E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia. – Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre
e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro... casa singela e acolhedora. A nossa também era assim. Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia: – Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa. Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma
parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite... tudo sobre a mesa. Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança... Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam.... era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade...

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos
a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos... até que sumissem no horizonte da noite. O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores:
televisão, vídeo, DVD, e-mail... Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa: – Vamos marcar uma saída!... – ninguém quer entrar mais.

Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que
escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores. Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite....

Que saudade do compadre e da comadre! Sinto mais q saudade dos
compadres...sinto saudade da atenção, do carinho , dos vizinhos q se ajudavam, sinto saudade do aperto de mão, vigoroso, do abraço na hora sombria! Não existe mais nada disso, hoje tratamos do amor como algo perecível, tão efemero que, dura o tempo de um e-mail e de um scrap no orkut, banal, frio, hoje tratamos sexo como instinto, tanto faz quem é o parceiro (a) não importa, é banal , o importante é o numero de vezes para contar vantagem.
Eu diria sem medo...ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE... triste isso!


Autoria de José Antônio Oliveira de Resende, Professor de Prática de Ensino de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras, Artes e Cultura, da Universidade Federal de São João del-Rei.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Derramar o sangue podre

Ah... são os mesmo sentimentos de sempre, mas hoje com vontade de partir para ação! De eliminar o mal, metralhar, explodir, serrar, cortar cabeças, fazer o sangue podre jorrar!

Tudo aqui nesse país parece andar para trás, ou permanece na estagnação. Eu estou no meu limite. Povo sem educação, despreparado para as coisas mais básicas da vida, para o trabalho, para viver consigo mesmo! País do futuro? Já tem gente imaginando esquemas para "se dar bem"com a recém-descoberta de petróleo e sua futura exploração e venda! Eu repito, só não veremos o sangue da revolta bater à porta porque somos um povo "muito bom", pacífico, que gosta de festa, sexo, putaria, do "rebolation" ou estou enganado? Aquilo que acontece nas Câmaras republicanas brasileiras não é uma putaria? E aquilo que é assistido na TV, também não é?

Sem esperanças. E como poderia ter se não há preparo, se não há educação nessa porra de país!?

Isso aqui é o paraíso para a disseminação das mazelas!

Que venha 2012 e que os Maias tenham acertado em relação ao fim de um cilco na Terra, que seja o fim do ciclo das mazelas, das desgraças, da ignorância, da exploração brutal que destroi o planeta para acúmulo de riqueza nas mãos de poucos, pois como já há tempos disse Rage Against The Machine, "When ignorance reigns, life is lost".

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O primeiro do ano

Parece ser quase sempre igual. Em novembro começam a decorar tudo que podem com luzinhas do tipo pisca-pisca da China, panettones começam a ser vendidos em tudo quanto é lugar, todos saem às compras e ajudam a movimentar a economia muitas vezes comprando coisas as quais nem são precisas e de repente, olhe ele lá, é... o velho gordo barbudo yankee dentro de uma roupa vermelha mais quente que o forno de casa quando do momento em que é assada alguma ave ou parte dela modificada em laboratório, que acaba sendo chamada apenas de "chester".

Aí vêm as retrospectivas, os especiais de Natal, o Roberto Carlos na Globo e a Missa do Galo, que sempre começa em ponto mas que no ano de 2009 atrasou, acertaram o Papa. Enfim, passa o Natal e vêm os preparativos para o Réveillon, as promessas de fim de ano, o corre-corre para achar um lugar na praia, o inferno das estradas entupidas, a falta de água, o mar impróprio para o banho, filas e mais filas para tantas coisas... e de repente chegou a hora da virada, chegou a hora de sujar a praia, o mar, pular ondinhas e renovar as esperanças no ano que se inicia. Reflexão, ha, muito menos do que deveria existir, pois a maioria está preocupada em tomar todas e ter algum prazer.

Mas aí as férias coletivas acabam e tudo volta ao normal sem que nada anteriormente dito tenha sido fora do normal de todos os outros anos. Tudo acaba se repetindo numa rotina aterrorizante. E continuamos tomamos todas e aliviamos a dor. Dor da mesmice, de ver que mais um ano passou e muito daquilo que desejamos não se concretizou, seja por culpa nossa ou por interferência externa, sei lá. Ou apenas para festejar. Fica a impressão que mais um ano passou e quase tudo permanece igual.

Mas somos brasileiros e não desistimos nunca. Ha, ha, ha... quem foi o imbecil que disse isso?

Que ao menos as esperanças se renovem para suportarmos as mesmices: IPVA em janeiro, pré-Carnaval e então o Carnaval: ahhhhhh... o Carnaval! Mas isso é outra história, igual às outras de anos anteriores, mas Carnaval é outra história.